COMO TRABALHAMOS?
COMO TRABALHAMOS?
A SSA INVISÍVEL não é uma associação assistencialista focada em entregar roupas e quentinhas para as pessoas em situação de rua. Nós vamos um pouco além, criamos relacionamento com as pessoas, conhecemos suas histórias, procuramos saber como elas chegaram na rua, entendemos suas principais necessidades e então criamos um atendimento personalizado para cada indivíduo.
Quando nossos voluntários e voluntárias vão às ruas, o primeiro objetivo é criar vínculos com aqueles que são considerados invisíveis sociais. Através de conversas acolhedoras, incentivamos cada pessoa a compartilhar seu nome e a história por trás da ida à situação de rua. Esse primeiro contato é fundamental para que possamos entender suas necessidades e elaborar um plano de ação personalizado.
Após essa primeira conversa, apresentamos nosso Instagram e explicamos como a publicação daquela história daquela pessoa pode ser uma forma de transformar sua realidade e a de seus semelhantes. Inicialmente, dando visibilidade em suas existências, pois a sociedade e o Estado, de modo geral, ignora-os. Nem todos concordam em compartilhar suas histórias ou imagens e respeitamos sempre essa decisão.
Realizamos um acompanhamento contínuo, criando fichas de registro que nos ajudam a monitorar as necessidades de cada assistido. Nosso atendimento ocorre de segunda a sábado, garantindo um suporte constante e efetivo. O nosso serviço é in loco, ou seja, estamos presentes nas ruas, onde as pessoas mais precisam de apoio. Essa abordagem contínua nos permite construir relacionamentos de confiança e oferecer um atendimento mais humano e eficaz.
Acreditamos que, ao criar esses vínculos, estamos não apenas ajudando a suprir necessidades imediatas, mas também contribuindo para a dignidade e a reintegração social de cada indivíduo. Juntos, seguimos firmes na missão de transformar vidas!
1- Muitas pessoas não têm seus documentos. Viver na rua significa ser furtado constantemente e é muito comum que essas pessoas não tenham seus documentos em mãos. Isto é um grande problema, pois vários serviços públicos são negados por causa da falta de documentos.
2- Muitos desconhecem as políticas públicas voltadas para a pop rua. Não sabem da existência de alguns equipamentos públicos ou, os que sabem, não entendem o objetivo principal de cada um deles. Nosso papel também é mostrar a eles quais são os seus direitos.
3- Muitos estão com problemas de saúde e não fazem tratamento. Por causa da aparência ou por não portarem seus documentos e ainda por não saberem falar direito, várias pessoas não vão até as instituições públicas de saúde ou até já tiveram acesso negado de atendimento. Nós explicamos a essas pessoas que elas têm direito como todo e qualquer cidadão ao atendimento público e às vezes até os acompanhamos.
Muitas outras inúmeras necessidades existem e elas vão variar de pessoa para pessoa. Por isso a pop rua não é um público homogêneo e necessita de diversas políticas públicas para transformar a sua situação.
Primeiramente é muito importante explicar que o acompanhamento desse público é muito difícil. Nem todos e todas têm local fixo de convivência, em uma semana está em um ponto da cidade e na semana seguinte está convivendo em outro lugar distante.
Para os que permanecem nas redondezas do lugar onde o conhecemos, o acompanhamento torna-se mais viável. Para que haja uma mudança na situação do assistido, ele também deve cooperar com algumas diretrizes que conduzimos. Por exemplo, alguns não concordam em ir para uma Unidade de Acolhimento (conhecido por albergue) da Prefeitura e por enquanto a SSA INVISÍVEL não tem seu albergue próprio para oferecer como alternativa para que o assistido não durma na rua.
Apesar do acompanhamento ser difícil já vimos resultados estimulantes com alguns assistidos. Acompanhamos pessoas que estavam na rua porque brigaram com seus familiares e depois da publicação no instagram houve um reencontro e assim uma reconciliação. Também já instruímos pessoas que dormiam nas ruas a entrarem no albergue da Prefeitura e depois de um tempo foi adquirido um auxílio-moradia e assim a pessoa pode ter o seu próprio teto.